Ó, Ave Maria! Pai Nosso!
Escutem: Rezam-se murmúrios.
Entre telhados úmidos e tímidos
a neblina advinha a paisagem
em montanhas de sonho e ouro.
Nesta cidade morta, que eu re-visito
Do alto da velha torre, sob o céu cinzento
O
Sino
Balança
Balança sino
Badala o Balanço
Sino balança badalo
Sino badala o balanço
O sino balança o badalo
Sino
Ó
Ó, Ave Maria! Pai Nosso!
Olhem: Lamentos chorosos.
Entre sacadas puras e frias
a neblina embaça a paisagem
em montanhas de sono e pedra.
Nesta cidade morta, que eu revisto
Do alto da velha torre, sob o céu de garoa
O
Sino
Balança
Balança sino
Badala o Balanço
Sino balança badalo
Sino badala o balanço
O sino balança o badalo
Sino
Ó
Ó, Ave Maria! Pai Nosso!
Parem: ali segue o cortejo.
Entre portas fechadas e sem cor
a neblina distorce a paisagem
em montanhas de pesadelo e mato.
Nesta cidade morta, que eu resisto
Do alto da velha torre, sob o céu lacrimoso
O
Sino
Balança
Balança sino
Badala o Balanço
Sino balança badalo
Sino badala o balanço
O sino balança o badalo
Sino
Ó
Ó, Ave Maria! Pai Nosso!
Sintam: vai à ultima morada.
Entre mil grades e cruzes
a neblina esconde a paisagem
em montanhas de morte e ferro.
Nesta cidade morta, que eu reviro
Do alto da velha torre, sob o céu tempestuoso
O
Sino
Balança
Balança sino
Badala o Balanço
Sino balança badalo
Sino badala o balanço
O sino balança o badalo
Sino
Ó
27/04/2010
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